Clube MP Lafer Brasil convida: Holambra 2024

Em 2024 a cidade de Holambra será palco da festa dos 50 anos do lançamento da produção do MP Lafer!
Em 2024 a cidade de Holambra será palco da festa dos 50 anos do lançamento da produção do MP Lafer!

27º Encontro do MP Lafer

Bom dia amigo Laferista,

Chegou mais uma oportunidade de colocar nossos carros na estrada.

Nosso encontro será em Holambra.

Vamos passar um ótimo fim-de-semana com nossos familiares e amigos.

Data: 18 e 19 de maio de 2023 (sábado e domingo)

Vamos procurar estar a partir das 9:00 horas do sábado, dia 18, no estacionamento da Prefeitura situado na Alameda Maurício de Nassau (a mesma da Expoflora), esquina com a Rua Inácio Fonseca (entrar pelo portal do Moinho), sendo que o estacionamento ficará fechado para o nosso Clube.

Aproveite a oportunidade e fique com a família em um dos vários hotéis e pousadas lá existentes já a partir de sexta-feira, dia 17.

Seguem abaixo algumas sugestões de hotéis:

Parque Hotel Vila de Holanda: (19) 99129 7689 – parquehotel@viladeholanda.com.br

Hotel Pousada Europa: (19) 99692 0552 - hotel@pousadaeuropa.com.br

No domingo às 10:00 horas, haverá uma carreata nos pontos principais na cidade, saindo do estacionamento da Prefeitura.

Não se esqueça de ir uniformizado e não deixe de revisar seu carro para não estragar sua viagem.

Até lá!

Walter Barboza de Arruda - Presidente - (11) 97122 6260 - walter.mplafer@uol.com.br

Romeu Nardini - Diretor - (11) 99154 4536 - meco98@uol.com.br 

Cartaz promocional do XXVII Encontro do MP Lafer - Holambra 2024. Compartilhe sem moderação! (Arte digital por Jean Tosetto)
Cartaz promocional do XXVII Encontro do MP Lafer - Holambra 2024. Compartilhe sem moderação! (Arte digital por Jean Tosetto)

Veja também:








MP Lafer: 50 anos

MP Lafer: 50 anos na estrada e contando.
MP Lafer: 50 anos na estrada e contando.

Abril é um mês especial. Em várias nações do Ocidente, até o começo da Renascença, o ano só começava em abril, por causa da Páscoa, comemorada por judeus e cristãos. Abril abria o ano, literalmente. Mesmo que o calendário oficial tenha adotado a virada do ano para janeiro (em referência ao deus romano Janus, cuja cabeça tem duas faces: uma olhando para o futuro e outra apreciando o passado), abril segue sendo um mês promissor para lançamentos importantes.

Para o MP Lafer, o mês de abril é repleto de comemorações. O primeiro passeio do Clube MP Lafer Brasil foi realizado entre São Paulo e Serra Negra, no dia 26 de abril de 1998, há 26 anos. No dia 07 de abril de 2002, há 22 anos, o domínio do site mplafer.net foi registrado. Percival Lafer, criador do MP Lafer, nasceu em 12 de abril de 1936, há 88 anos. Finalmente, no dia 05 de abril de 1974, há meio século, a linha de produção do MP Lafer era inaugurada oficialmente na fábrica de São Bernardo do Campo.

Hoje, dia 05 de abril de 2024, é indubitavelmente um dia para ser celebrado, não apenas pelos proprietários e entusiastas do MP Lafer, mas por todos aqueles que sabem das dores e dos prazeres de empreender e fazer as coisas acontecerem além do campo da trivialidade.

Para marcar a data, tão importante para nós, estamos lançando a versão em inglês do livro do MP Lafer, por enquanto apenas no formato eletrônico: "MP Lafer: The recreation of an icon" já está disponível na plataforma da Amazon, reforçando o caráter internacional deste conversível esportivo com linhas nostálgicas que ganhou o coração de muitos, principalmente pela Europa e América do Norte, e que agora podem conhecer a história da Lafer, fundada em 1927, a responsável pelo projeto do carro, iniciado em 1972 com o primeiro protótipo, e encerrado em 1990, com a entrega do último exemplar.

Clique na capa do livro do MP Lafer em inglês para acessar a loja da Amazon.
Clique na capa do livro do MP Lafer em inglês para acessar a loja da Amazon.

A tradução do livro do MP Lafer para o inglês se baseou na versão impressa em português, de 2012. Optamos por "congelar" a história até aquele ano, para preservar algo mágico que os livros nos oferecem: a sensação de que os personagens neles contidos são eternos. No livro do MP, pessoas queridas ainda estão perto de nós. No livro do MP, as fábricas não fecham. Um dia, não estaremos aqui, mas nossos livros - e nossos carros - poderão seguir adiante, contando um pouco a respeito do nosso tempo.

Aos 50 anos de idade, o MP Lafer, um carro feito de fibra, segue firme e confiável para refletir a capacidade criativa de uma geração marcada por pessoas de grande caráter.

Celebremos!

"Bom dia Laferista,

Hoje o MP Lafer está ficando mais velho. Está completando 50 anos. Como o vinho, está melhor à medida que o tempo passa.

Foi no dia 05 de abril de 1974 que fez seu batismo. Hoje, está mais querido, mais valorizado, mais apreciado, enfim, está mais desejado.

Parabéns para você que possui este ícone da indústria nacional. Parabéns ao Percival Lafer que teve a iniciativa e coragem de construi-lo.

É como eu sempre falo: o MP não é só um veículo, é um 'estado de espírito'. Só quem tem é que sabe disso.

Obrigado por fazer parte desta comunidade."

- Walter Arruda

Se pudesse falar, este MP Lafer 1981 teria ótimas histórias para o nosso deleite.
Se pudesse falar, este MP Lafer 1981 teria ótimas histórias para o nosso deleite.

"Bom dia a todos Laferistas, em primeiro lugar gostaria de parabenizar todos os felizes proprietários de um MP Lafer, esse carro que teve seu lançamento em 1972 e que passou a ser vendido em abril de 1974. Hoje, 05 de abril de 2024, é uma data que comemoramos o Dia Nacional do MP Lafer. Gostaria de parabenizar o amigo Percival Lafer, idealizador desse clássico carro, pelos seus 50 anos de existência, como eu sempre costumo dizer, 'um sonho de muitos e uma realidade para poucos'.

Pessoalmente, tenho o privilégio de desfrutar dessa realidade a mais de 28 anos. Posso afirmar que MP é um brinquedo para gente grande, trazendo sempre alegrias, novos amigos e proporcionando prazeres inesquecíveis. Parabéns para esse cinquentão mais elegante do Brasil."

- Gilberto Martines

"Hoje há 50 anos, um construtor e fabricante de móveis patenteados começou a produzir um carro em série, em sua fábrica de móveis patenteados em São Bernardo do Campo, na grande São Paulo. Parabéns ao Percival Lafer e toda sua equipe por 50 anos do nosso carrinho dos sonhos, a máquina do tempo, o carro que fez e está fazendo muita gente feliz. FELIZ DIA MUNDIAL DO MP LAFER!"

- Miro Dudek

A Brigitte do Romeu: amante consentida.
A Brigitte do Romeu: amante consentida.

"Quem diria que aquele protótipo inspirado em um famoso carro inglês, o MG, e que apareceu no Salão do Automóvel em 1972; dois anos depois, ao iniciar a sua fabricação, se tornasse um ícone da indústria automobilística brasileira. Em 5 de Abril de 1974 foi produzido o primeiro MP Lafer na fábrica em São Bernardo do Campo. Lá se vão 50 anos de puro charme, beleza e exclusividade. 

Para alguns de nós – alguns bem novinhos outros adolescentes – o carrinho cativou à primeira vista. Como todo carro fora de série, tinha um custo de produção elevado, comparado aos carros das grandes montadoras. Então, para a juventude da época, o sonho teria que ser adiado. Na cabeça de muitos de nós o carro ficou marcado, sempre com aquela dúvida: 

- Será que quando eu puder comprar um desse, ele ainda estará sendo produzido?

- Será que vão existir carros em quantidade?

- Será que ‘isso vai pra frente’? 

Só que o carro também era o sonho de um personagem importante na história toda. Percival Lafer, o ‘pai’ do MP Lafer. Uma pessoa idealista, persistente, de muita fibra (ôpa!), atravessou todos os obstáculos, contratempos, dificuldades e produziu o ‘brinquedo’ por mais de 16 anos. 

Continuei a flertar durante muitos anos com o carrinho até que, em 1998, achei que aquela era a hora e comecei a procurar um a venda. Poucos anúncios, poucas ofertas, procura nos poucos encontros de carros antigos. Até que um dia, fui pagar uma conta no centro da cidade e, ao passar por uma rua, tinha uma loja de automóveis: olhei e lá no fundo da loja, um pedaço de uma grade de MP. Entrei, fui me aproximando e realmente estava ali um MP vermelho, empoeirado com os pneus murchos. Pensei: 

- O carro me achou! 

A pessoa que me atendeu disse que o carro era de um cliente que havia deixado o carro para vender, há um bom tempo. O carro não era o perfil da loja e foi cada vez mais empurrado para os fundos. Examinei o que dava para ver no carro, pedi que enchessem os pneus e fizessem o carro ligar, pois estava interessado na compra. 

No dia seguinte voltei para andar no carro, que tinha problemas na caixa de direção, freios, carburação desregulada e outras coisas. Fiz uma oferta e comprei o carro. E aí foi só paixão, recebeu meus cuidados, depois uma restauração na Tony-Car, feita pelo Toninho. Participou de muitos passeios, abriu portas, trouxe muitos, mas muitos amigos mesmo, dentro do grupo de laferistas, assim como no antigomobilismo em geral. Esteve em eventos, exposições, ganhou prêmios, fama e um nome, Brigitte. Eu a considero minha amante consentida (convive razoavelmente bem com minha mulher).

A máquina feita para rodar na estrada, pouco importa a idade.
A máquina feita para rodar na estrada, pouco importa a idade.

Hoje, aproveitando a bela manhã e para comemorar o aniversário de 50 anos do MP, levei a Brigitte para a estrada, dar um passeio, contemplar as paisagens, ao mesmo tempo que ela se exercita, se alimenta, se recarrega, para mais felizes jornadas juntos (observação: ela tem 47 anos e temos um relacionamento que vai completar 26 anos, em agosto). 

VIVA OS 50 ANOS DO MP LAFER! 

VIVA TODOS OS LAFERISTAS DAQUI E DO MUNDO! 

VIVA PERCIVAL LAFER!"

- Romeu Nardini 

"Caro Percival, é dia de celebrar e os seus Laferistas gostariam de lhe agradecer a alegria que o MP Lafer nos traz constantemente. Agradecemos também à sua esposa Branca, que sempre o acompanhou e apoiou em todos os sentidos. Muitas felicidades para ambos e estamos ansiosos por te ver novamente."

- Ludwig Stolz

"Glauco Cabral (17/02/1942 - 04/04/2024)

Eterno amigo. Homem completo. Teve filhos (educadíssimos), plantou árvore e escreveu um livro. Amante incondicional do MP Lafer.

Descanse em Paz, Mestre."

- Francisco Paz

"A vida é para ser vivida, não compreendida."
"A vida é para ser vivida, não compreendida."

"Hoje, pela manhã fui trabalhar e, coincidentemente fui com o MP azul da minha filha. Tenho como hábito mandar um 'bom dia' em alguma foto ou publicação interessante que adquiro das redes sociais. 

Novamente, por coincidência, fiz uma foto do painel do Azulão e enviei para alguns contatos. Passado alguns minutos, recebo uma mensagem do Giba e do Walter, pela comemoração dos 50 anos do lançamento do MP Lafer. Coincidência, destino ou percepção pela data?

Parabenizo o Senhor Percival e todos os envolvidos na realização desse automóvel que se tornou um ícone que trago da minha adolescência na década de 1980 e que hoje, além de ter o meu, compartilho dessa paixão com minha filha Giovana, que também possui o dela.

Parabéns à todos laferistas!"

- Decio Meneguin

"Hoje completa mais um ano do carro brasileiro e mais charmoso do mundo, o MP Lafer!

Moro no Japão e posso dizer que realmente tenho uma conexão muito forte com esse carro, desde criança. Meu pai tinha uma MP Lafer no Brasil e, por destino de Deus, ele colocou um Lafer para eu comprar depois de 30 anos aqui no Japão .

Muitos não vão acreditar, mas a minha vida mudou muito - e pra melhor - com a entrada do carrinho na minha vida. Eu tinha uma magoa muito grande do meu pai (hoje falecido) e com a chegada do carrinho, consegui relembrar as coisas boas da minha infância curar as mágoas que tinha do meu pai.

Além disso, consegui vários e novos amigos ;)

Hoje sou o único restaurador de MP Lafer aqui no Japão e revendedor de pecas :)

Quero deixar aqui registrado meus sinceros agradecimentos às pessoas que me ajudaram na minha história do primeiro MP Lafer: Jean Tosetto, Danilo Machado e Percival Lafer

Observação: hoje o tempo está muito bom aqui em Nagoya, Japão. Vou dar uma volta com o Toninho (meu Lafer) e vou aproveitar e ver as flores de cerejeiras, que estão florando ;)"

- Alex Chopper

"Parabéns MP Lafer!

Completando 50 anos de existência, e ainda com a aparência de um jovem. Durante muitos anos você faz parte da minha vida e na de muitos outros apaixonados por você! Muitas historias, muitos sonhos realizados e muitas alegrias você proporcionou ao longo do tempo.

Com certeza, ainda muitas aventuras você proporcionará aos seus fãs e felizes proprietários. Estaremos juntos por outros muitos anos comemorando sempre a data da sua criação!

Feliz por possuir esse ícone, o MP LAFER."

- Reinaldo Keller

"Vi o primeiro MP Lafer que chegou ao Rio de Janeiro. Era amarelo e estava na vitrine de uma grande autorizada VW, no Flamengo. Confesso que fiquei maravilhado. Juntava gente para ver a belezura.

Anos mais tarde, vi um modelo 77 totalmente original, na garagem de um estúdio de música que frequentava em Botafogo. Um dia, perguntei ao porteiro se o proprietário venderia e a resposta foi um sonoro NÃO. O tempo foi passando e numa de minhas idas e vindas, o porteiro me disse que o carro estava à venda. Entrei no carro e senti o cheiro do Morris Minor conversível que meu pai teve na minha infância. Não resisti, fiz uma oferta e comprei.

A Internet ainda era incipiente no Brasil mas fiz uma página com umas poucas fotos de José Caldas no mirante Dona Marta. A resposta foi surpreendente. Muitos e muitos e-mails de várias partes do mundo! Publiquei o Manual de Proprietário, o Catálogo de Peças que recebi do Canadá e mais tarde, o Manual em inglês enviado pelo Élcio de Cabo Frio.

Registrei o domínio www.mplafer.com , comprei um escâner e comecei a publicar as fotos que recebia pelo correio. Num certo momento, precisei de lanternas traseiras, encontrei a Ivone e depois o Toninho com quem tive um bom relacionamento e pela Internet, enchi a sua oficina de São Bernardo. Toninho nunca me cobrou por nada e sou muito grato a ele.

Daí, conheci o Walter e entrei para o Clube que um dia até me homenageou com uma linda placa que guardo com carinho. São muitas e muitas as histórias. Conheci muita gente e rodei muito com meu querido MP Lafer 77. Assim, conheci o Jean Tosetto. Vi que tinha amor pela marca e competência para publicar com maestria a história do carrinho. Acabei pendurando as chuteiras, vendi meu carro para ele, tirei o time de campo e através do Miroslaw, hospedei o site, hoje vintage, na Alemanha. 

Parabenizo o Percival pela grande sacada e pelo incrível trabalho que ficou marcado para sempre na história da indústria automobilística brasileira. 50 anos se passaram e a história do MP Lafer jamais irá passar. Tudo isso ficará nos corações dos proprietários que preservam o grande feito de Percival Lafer. Parabéns a todos! A eternidade não é para qualquer um."

- João Saboia

"Sou do ano do Tri (1970), e mal sabia que quatro anos depois, Percival Lafer já iniciaria a produção em serie de um carro que teria tanto significado em nossas vidas. Aos 14, aprendi a dirigir num MP Lafer cinza com para-lamas pretos de meu tio que o levava em todas os encontros de família aos domingos e atraia a atenção de todos, afinal de contas, conversíveis não eram tão comuns, ainda mais com aquele estilo todo…

O tempo passou e me formei, casei, tive três filhos, mas a vontade de ter aquele carrinho para passear de final de semana continuava viva em mim.  Há dois anos resolvi adquirir um MP Lafer e tive a sorte de conhecer o Walter, Jean, Paulo, entre outros e fazer parte de um grupo seleto que divide informações que muito me ajudaram a reformar meu MP amarelo Sunflower ano 1976 série B. 

Tive também o prazer de me encontrar com o Percival Lafer, apreciar suas historias e poder receber sua assinatura no porta-luvas do MP, engrandecendo ainda mais esse belo exemplar que tanto me faz feliz e a meus filhos que comigo curtem os passeios de domingo.

Portanto ter a oportunidade de guiar um MP Lafer é, de fato, um privilégio destinado a poucos e quero aqui deixar meu fraterno agradecimento ao Percival por nos brindar com essa tamanha sacada. Um abraço a todos os Laferistas nesse 05.04.2024."

- Andre I. Costa

"Eu apenas queria um conversível clássico com uma mecânica que eu pudesse dar conta sozinho e desse para viajar. Foi com essa premissa que comecei a procurar pelo meu próximo carro clássico.

Danilo Machado em seu MP Lafer restaurado por ele mesmo.
Danilo Machado em seu MP Lafer restaurado por ele mesmo.

Já possuidor de um Fusca 1973 que restaurei da ruína à placa preta, no qual fiz, sozinho, toda parte que não fosse funilaria (motor, elétrica, suspensão), eu tinha um desejo de ter alguma coisa que despenteasse meu cabelo em viagens mais longas. Até fui bastante tolerante com a idade do carro, poderia ser até algo dos anos 90, incluindo os lindos Escort XR3 e Kadett Bertone. Mas, como todo apaixonado por ferrugem, quanto mais antigo (e raro) melhor. Lista de exigências até simples: clássico, mecânica simples que eu pudesse fazer sozinho, bom de estrada e, mantendo uma âncora na realidade, que minha gerente do banco não me mandasse pro sanatório. 

Meu sonho quase saiu do papel com um Puma GTS 1978 que via abandonado da janela do meu quarto por longos 16anos. Quando o dono resolveu vender, seu pai faleceu e ele resolveu mantê-lo como recordação. Assumo que o MP Lafer não estava em destaque na minha lista, ele é um clássico de linhas realmente cativantes, mecânica VW que eu faço de olhos fechados, normalmente elogiado pelo conforto (nunca tinha entrado em um antes, famoso 'ouvi dizer'), mas o preço do carro era muito fora do que o SPC e o SERASA me deixariam dormir em paz.

Financiando imóveis e com a carteira vazia a ponto de fazer eco, posterguei a ideia por um tempo até que, do nada, naqueles grupos de vendas de carros clássicos que você só entra pra ficar na vontade, me aparece um MP Lafer 1981/82 muito bonitinho (faltava um dono) pelo preço que eu estava disposto a pagar pelo Puma (basicamente um terço do valor de mercado de um MP daqueles). Pra me sentir um negociador, ainda fiz uma contraproposta e acabei fechando negócio. Conseguir um MP razoável a preço de Puma abandonado. Era bom demais pra ser verdade. E FOI.

Carro de inventário, foram muitos meses até conseguir fechar a papelada para passar pro meu nome. De março até outubro não foi lá muito fácil para um ansioso esperar até que, na sexta-feira 13 (dia propício pra negócios) de outubro de 2017, fui com meu pai pra Niterói (Rio de Janeiro) buscar um carro muito bem cuidado, que estava em plenas condições de voltar rodando pra São Paulo (aproximadamente 500km) tranquilamente. SÓ QUE NÃO.

O carro era uma desgraça de linhas clássicas. Ser enganado não é divertido, comprar por fotos, burrice, mas se não tiver 'visão além do alcance' você pode desanimar sem ver uma joia em potencial. As fotos que tinha visto eram de uma década atrás, antes do carro ser destruído pelo tempo, falta de manutenção, morte do proprietário e total descuido do caseiro que usava o carro sem o mínimo de zelo. Pessoalmente, o carro não era nada daquilo. A cor era desconhecida, debaixo de sujeira incrustada em anos de descuido, quatro pneus furados, elétrica basicamente toda em curto ou não funcional, vazamento generalizado de combustível, freio apenas em uma das rodas, capota rasgando, tapeçaria ruim, madeiramento podre... Uma belezura.

Meu pai estava certamente pensando em internar o filho que estava dando uma bela quantidade de suado dinheiro naquela... coisa. Mas, nas minhas palavras 'tá tudo um lixo mas tá tudo aí'. O fato é que o carro era uma porcaria, mas todos os itens e acessórios estavam lá, originais, só faltava restaurá-los, coisa que sei fazer e tenho coragem (ou loucura) suficiente pra encarar.

Condicionei a compra ao motor funcionar. Motor de Brasília, recém retificado, pegaria de primeira, certo? Então... Após quase uma hora fazendo milagres, aquela coisa ligou. Niterói não deve ter tido focos de dengue por um bom tempo depois daquilo. Carburadores destruídos, mangueiras ressecadas, mancha de óleo sob o carro e nenhum ponteiro no painel funcionando pra monitorar se aquilo iria explodir. Não vou me prolongar, só a história do resgate do carro daria um BLOG à parte. Fechei negócio, e irresponsabilidades à parte, voltei guiando aquela bomba até São Paulo. Eu não sabia da maior parte dos defeitos até então (ignorância é uma benção). Só fiz a loucura de comprar porque era um carro completo, original e o preço atraia até o mais irresponsável dos colecionadores.

De mecânica VW posso me gabar do meu conhecimento, elétrica automotiva é tranquila também, tapeçaria não sou dos melhores, mas até faço coisinhas pontuais, faltava aprender marcenaria e encarar o desafio. Novamente, um dia conto as peripécias da restauração, não pretendo transformar um depoimento em uma série tragicômica. Sozinho, na cara e coragem, parafuso por parafuso, fui desmontando esse carro e restaurando peça por peça. Pude notar a qualidade do carro. Apesar da trágica conservação, o fato da grande qualidade construtiva fez com que ele aguentasse tempo suficiente até ser resgatado. A esmagadora maioria dos carros fora-de-série (e até os plastimóveis atuais) não aguentaria metade dos maus tratos que este aguentou.

Danilo colocando a mão na graxa, literalmente.
Danilo colocando a mão na graxa, literalmente.

Longos meses fazendo o carro pouco a pouco, todo fim de semana um pouco mais. Quem gosta de restaurar - e se dedica - sabe que a restauração nunca acaba. Você sempre quer melhorar seu tesouro. Mas, depois de três anos pesados, consegui realizar o sonho do conversível. Mecânica completamente retificada, câmbio longo pra estrada, motor com atualizações de comando, consegui ter um lindo MP estradeiro de verdade e mantendo a originalidade que me resultou em um novo clássico 'da ruína à placa preta'. Carro de conforto ímpar, extremamente confiável, gostoso de pegar estrada e que chama mais atenção que incêndio em loja de fogos de artifício. E tudo com o orgulho de ter encarado isso sozinho. Viagens de 8 a 12 horas são muito prazerosas e as faço com constância e orgulho.

Mas não é só o lado material que importa em um carro clássico, não é mesmo? Quem não tem contatos, quem não tem amigos, dificilmente vai muito longe em uma restauração. Primeiro fui muito bem recebido pelos membros do Clube MP Lafer do Brasil, ainda por e-mail, quando tentava entender como descobrir se um MP é falso ou não (sim, tem muitos falsos rodando por aí); o Walter, Romeu e Jean foram muito importantes nesse quesito. Depois, compartilhando meus perrengues na restauração, participei do almoço de fim de ano do clube em 2017, ainda com o carro semi-desmontado (amarrar velocímetro com fita crepe não é lá muito usual, mas funciona), e fui agraciado com uma inesperada homenagem com direito a um discurso meu improvisado e uma camisa do clube. A coisa foi aumentando, almoços e viagens do clube foram passando e faço parte de uma verdadeira família de loucos pela baratinha. É sempre um prazer poder reencontrar amigos, sempre que possível. 

Como fiz o carro na marra, acabei adquirindo conhecimentos razoáveis específicos deste veículo e acabei entrando em contato com pessoas não só desse Brasil afora, mas de outros países. Fico feliz de ter ajudado pessoas de todo canto do mundo a recuperar seus MPs: Canada, EUA, Itália e até do Japão. Ver a felicidade de um amigo, na Terra do Sol Nascente, colocando um MP pra rodar que eu sei que é importante pra ele, é recompensador demais. Compartilhar informações sem pedir em troca, não quero lucrar com a dificuldade alheia. 

Mas toda história tem uma cereja do bolo (gostamos de finais felizes). Restaurar o MP me fez apreciar o projeto. Amo carros, não importa se é um carrinho popular, kart, ou um superesportivo. Tenho a mesma admiração por um Trabant ou um Mercedes: é a tecnologia que me fascina, da mais básica (com soluções engenhosas) à mais avançada (e a revolução que carrega). Conhecer as entranhas da baratinha me fez admirar o carro, poder curtir o carro me trouxe a felicidade que só um Gear Head entende e, por fim, conhecer o responsável por tudo aquilo foi o ápice disso tudo.

Danilo Machado e Percival Lafer em Santana do Parnaíba.
Danilo Machado e Percival Lafer em Santana do Parnaíba.

Como eu sabia que o Senhor Percival Lafer, criador dessa criatura, costumava aparecer nos encontros do clube, como todo fã preparado, andava com uma plaqueta de cobre, uma caneta especial e o manual do carro, prontos, esperando pelo autógrafo. Consegui essa façanha em 1º de dezembro de 2018, em um almoço de fim de ano. Carrego esse autógrafo não só no manual, mas, com extremo orgulho, também na tampa do porta-luvas, em uma placa de cobre, que vai durar, espero, mais que o carro. O WhatsApp ganha notoriedade também: hoje faço parte do grupo dedicado ao veículo e posso ajudar, sempre que possível, mais e mais proprietários e, inclusive, trocar umas palavras com o Senhor Lafer. 

Resumo da história é que 'caí pra cima'. Era para ter um Puma, acabei sendo enganado em uma sucata, mas acabei conseguindo ter um carro que era muita areia pro meu caminhãozinho (e pro limite de crédito da minha conta). O carro, hoje, é um baita exemplar, saiu infinitamente mais barato que custaria por um restaurado e tenho um carro do qual me orgulho, não querendo menosprezar, mas muito superior que o Puma que teria comprado com o mesmo valor. E o melhor de tudo: carregado de amigos e boas histórias no porta-malas. Vai dizer que não é um final feliz? 

Tenho orgulho de ser um pedacinho nessa história dos 50 anos do MP Lafer. Parabéns a todos nós e ao criador, Sr. Percival Lafer. 

Abraço de um Laferista."

- Danilo Machado

Avaliação: MP Lafer com dupla carburação

Um carro decididamente para os jovens, de linhas atraentes e nostálgicas / Com a capota arriada, um gostoso veículo para duas pessoas / Para-lamas saltados. faróis salientes e "radiador" definem sua frente / Na traseira, lanternas tipo Volkswagen (criticadas) serão substituídas
Um carro decididamente para os jovens, de linhas atraentes e nostálgicas / Com a capota arriada, um gostoso veículo para duas pessoas / Para-lamas saltados. faróis salientes e "radiador" definem sua frente / Na traseira, lanternas tipo Volkswagen (criticadas) serão substituídas

Reproduzimos, a seguir, a reportagem de Paulo Roberto Cardoso Gomes e Paulo Celso Facin, publicada originalmente no jornal O Estado de S. Paulo em 28 de setembro de 1975.

Acompanhamos o desenvolvimento do MP desde o anúncio de sua criação pela Lafer, por ser a primeira tentativa brasileira de se reproduzir em série a réplica de um automóvel famoso e de estilo definitivo: o MG de 1952. Entretanto, só pudemos entrar em contato mais direto com o carrinho recentemente, e posteriormente ao seu lançamento no último Salão do Automóvel. Quando recebemos o "nosso" MP-Lafer amarelo para avaliação, o modelo já era um velho conhecido.

Mas, uma coisa é travar contato com um automóvel de fora, numa exposição por exemplo, ou experimentá-lo por alguns minutos apenas, e outra muito diferente é conviver com ele por duas semanas.

Em primeiro lugar, é necessário observar que o MP-Lafer só tem em comum com o modelo original, que tenta reproduzir, a aparência. E, embora seja, afinal, justamente a aparência que mais vende um automóvel, é importante compreender que o MP é um veículo acabado completo.

Nesse sentido, ele não é uma imitação. Ele aproveitou do MG 1952 apenas o estilo. De resto, ele é tão individualizado quanto qualquer outro veículo que incorpora componentes de outras marcas de fábrica, como os Puma, ou o Gurgel Xavante.

Nossa avaliação se refere, portanto - vamos deixar bem claro - ao MP-Lafer e não "à réplica do MG 1952".

Nem era essa, de fato, a intenção da Lafer. Parece-nos que ela não quis "produzir a réplica do MG" mas aproveitar o desenho deste para produzir um carro com características próprias. As alterações drásticas do MP em relação ao MG começam posicionamento do motor - traseiro em vez de dianteiro - o que por si só modifica todo o comportamento do automóvel (todo o peso do MP, inclusive os dos ocupantes, se localiza na traseira). Ademais, a "réplica" (com as necessárias aspas) tem carroçaria de fibra de vidro. Portanto, o peso do carro em ordem de marcha é outro, e características técnicas como, por exemplo, o centro de gravidade do veículo, sofreram modificação.

O MGTD nasceu modestamente em 1951, num projeto da Morris Garages destinado a fazer história no automobilismo. Os para-lamas saltados, formando conjunto com os estribos, os faróis individuais salientes sobre os para-lamas, o capuz do motor alongado para receber o motor de quatro cilindros e 55 HP, de 1.250 centímetros cúbicos de cilindrada, (MGTC-1950) a traseira curta, com o lugar do estepe marcado na carroçaria, eram a marca registrada do carrinho que apaixonou toda uma geração. A "baratinha", como era então chamada, tornou-se símbolo de alegria e liberdade em todo o mundo. O automóvel original não desenvolvia velocidade máxima superior a 120 quilômetros.

Na década de 50 ainda era possível andar vagarosamente pelas estradas e o sonho de todo jovem era andar ao sol, capota arriada, para-brisas tombado (hoje proibido). Nesse sentido, o MG era um carro esporte puro sangue. Quando a onda da nostalgia provocou um febre de fabricação de réplicas de modelos famosos, nos Estados Unidos fabricava-se e ainda se fabricam Rolls-Royce, Isotta-Fraschini, Ferrari, Alfa-Romeo e Bugatti, a Lafer pensou em lançar no Brasil o MG clássico, que teria garantidamente dois importantes pontos de venda: o desenho consagrado e a simplicidade mecânica, Volkswagen. Os protótipos começaram a rodar em maio de 1974, com motor VW 1.500. As únicas modificações necessárias: freio de estacionamento, pedaleira e alavanca de mudanças. Depois, o MP passou a receber o motor Volkswagen de 1.600 centímetros cúbicos vertical (60 HP) e mais recentemente adotou a dupla carburação, a mesma do VW-Brasília. Aliás, o carro é montado sobre um chassi de Brasília, com a única importante diferença de que dispõe de suspensão dianteira independente. A direção é mecânica, com amortecedor hidráulico. O carro básico é acarpetado, inclusive porta-malas (dianteiro) com tapete de buclê de nylon. O painel apresenta marcador de gasolina, velocímetro-odômetro (comum) e contagiros. Opcionalmente vem com rodas de magnésio (tala 14"x 6") pneus radiais (175 SR 14), relógios de pressão de óleo, temperatura do óleo e amperímetro, três faróis auxiliares de iodo, estofamento de couro e teto rígido removível. O preço básico é de Cr$ 64.521,00 e, com os opcionais, pode chegar perto de 75 mil cruzeiros.

O AUTOMÓVEL

Sem dúvida, o que [...] convence no MP-Lafer é justamente o MG (que ele não é). Dessa forma, ele pode atrair dois tipos básicos de compradores: o que teve o MG e quer reviver a sensação de possuí-lo; e o que gostaria de ter tido. Não há dúvida de que um e outro só se sentirão satisfeitos se conseguirem superar a decepção inicial, e isso justamente porque o MP não se parece senão com ele mesmo, quanto ás reações. Para usar uma fórmula antiga: você olha para ele e está vendo um MG; dá a partida e percebe que está dirigindo um Volkswagen MP Lafer. E, se não estiver preparado para isso, poderá sentir se frustrado.

Em, nossa avaliação, chegamos à conclusão de que o MP-Lafer é um excelente terceiro carro. Ou um segundo carro para quem aprecie bastante o estilo Morris Garages. Ou um ótimo primeiro carro para um jovem. Não há dúvidas de que, ao volante do carrinho, capota arriada, vento no rosto, rodando pelas estradas do litoral, toda a irresistível atração (nostálgica) da famosa "baratinha" retorna, o ruído do motor Volkswagen à traseira é dissipado pelo vento e pelo sonho, a impressão de velocidade é multiplicada pelo carro aberto, e o MP se transforma a nossos olhos num esporte verdadeiro. É nessas horas, ao calor e ao sol, que o MG brasileiro cumpre seu papel de máquina de rejuvenescimento - (um termo criado pela equipe do ST para definir o Gurgel xavante).

Em viagens longas, porém, quando se torna necessário manter velocidade de cruzeiro, ou sob condições adversas (chuva, poeira, frio), ou aprisionado num grande congestionamento urbano, o MP-Lafer se mostra como um cisne fora d'água. Criado para transmitir liberdade, ele próprio necessita de liberdade, tanto de espaço, quanto de tempo. Quem se decidir pelo MP terá que jogar seu relógio fora. Fizemos a avaliação do MP-Lafer como se ele fosse um carro comum: experimentando em trânsito urbano e em tráfego rodoviário, em asfalto e terra, em velocidade de passeio ou viagem, era como se o carrinho nos mostrasse, alternadamente, duas imagens opostas. A 60/80 quilômetros, numa estrada asfalta e deserta, conseguimos extrair dele uma imensa alegria (vento no rosto e capota arriada). A 120 quilômetros (e não recomendamos isso para ninguém) em rodovia com fluxo de tráfego pesado ou a 100 quilômetros, capota levantada, sob garoa fina, mais de um de nossos avaliadores começou a achar o carro "esportivo demais". E foi justamente essa expressão que nos levou, mais tarde, a considerar que o MP-Lafer não é um carro para todo serviço, mas apenas um elegante, incomum e bem dosado carrinho exclusivamente de passeio. Isso é: nostalgia à parte, as necessidades de transporte e as condições atuais de trânsito talvez tenham condenado para sempre o "esporte para dois lugares puro sangue", como único automóvel a se ter na garagem.

Nota do editor do site mplafer.net: o conversível amarelo desta peça de publicidade é o mesmo que foi utilizado pela equipe de avaliadores do jornal Estado de S. Paulo em 1975.
Nota do editor do site mplafer.net: o conversível amarelo desta peça de publicidade é o mesmo que foi utilizado pela equipe de avaliadores do jornal Estado de S. Paulo em 1975.

Um cartaz de publicidade do MP-Lafer diz: "O çarro dos anos 70". Independentemente da construção, talvez, nestes anos 70, o MP seja mesmo um "çarro". Mas não um carro, justamente porque não pode ser submetido a todas as condições de tráfego que hoje se apresentam. Com a capota de lona, a mais de cem quilômetros horários e com fortes ventos laterais, o carrinho se comporta como se estivesse navegando a vela, pois a estabilidade direcional em velocidade de cruzeiro fica bastante prejudicada. Como todo o peso está atrás, a estabilidade em desaceleração é sofrível. Aliás, quanto à estabilidade, ele só se comporta bem em aceleração e em curvas de baixa e média velocidade. Em curvas de alta velocidade, ele se comporta, na expressão de um de nossos avaliadores, "como um malcriado". Com o aumento da velocidade, o MP mostra tendência de sair repentinamente de traseira, perde aquela característica neutra das curvas de baixa e ligeiramente sub-esterçante das curvas de média. De resto, em baixa velocidade a traseira agarra firme e o mais difícil é fazer o automóvel retornar à reta, uma vez completada a curva. Como toda a parte dianteira é surpreendentemente leve, qualquer mudança de direção é feita "sob protesto" e em nenhum momento convém obrigar o carro a desviar-se de seu curso sem proporcionar-lhe toda a aderência que se for capaz de reunir. Mudanças bruscas de direção a mais de cem quilômetros são praticamente proibitivas, principalmente se se juntar a isso a desaceleração. Um cachorro numa rodovia, por exemplo, é um imprevisto perigosíssimo para o carrinho, pois a tendência do motorista nessa situação é desacelerar e freiar.

Não chegamos a fazer a experiência, mas acreditamos que se o peso na dianteira do automóvel fosse maior, ele melhoraria bastante quanto à estabilidade. Alguns quilos a mais no porta-malas já fazem com que ele se comporte de maneira mais civilizada. E quem quiser ter a sensação (proibida) de correr a mais de 120 quilômetros num MG se sentirá bem mais confortável se colocar alguns sacos de bagagem no porta-malas. De qualquer modo, do ponto de vista da direção, é mais agradável viajar com a capota arriada, o que faz com que ele ganhe um pouco de estabilidade. Agora, sob chuva forte, o melhor mesmo é deixar o carro em casa. Porque, com capota ou sem ela (nos referimos apenas à capota de lona, não experimentamos o MP com teto removível) vai ser sempre frio e desconfortável.

A suspenção dianteira independente e o sistema de barras de torção fazem com que ele se comporte bem nas estradas de terra, mesmo com pneus radiais. A única coisa que ele definitivamente não gosta é de "costela de vaca" (nesse sentido, é um autêntico vegetariano). Mas em terra, facões de areia e barro, embora esteja a poucos centímetros do chão, seu desempenho é mesmo surpreendente, ante suas características. Ocorre que, se o carro suporta bem estradas não-asfaltadas, o mesmo poderá não ocorrer com seus ocupantes, já que estes, capota arriada ou não, vão receber muita poeira.

Quanto ao desempenho puro e simples, sem levar em conta condições de habitabilidade, o carro é bastante bom. Na retomada de velocidade, vai de 80 a 120 em 17 segundos (com capota) e em 16 segundos (sem capota). O velocímetro apresenta erro aproximado de cinco por cento. Mas ele não é um automóvel para ser dirigido em alta velocidade. Acreditamos que sua velocidade de cruzeiro ideal gire em torno dos 80 quilômetros , que é quando se torna perfeitamente controlável em qualquer situação (e ante qualquer imprevisto). Gostoso de dirigir, em grande parte por causa de sua direção (mecânica, com amortecedor hidráulico), ele não pode ser considerado, de fato, um GT, embora seja rápido.

O relacionamento banco pedais é prejudicado em parte pelo espaço exíguo e, com capota, o espaço para cabeça fica bastante prejudicado, assim como a visibilidade traseira e lateral. Capota arriada, a visibilidade é obviamente total, a não ser para a frente. O desenho do caro esconde aproximadamente 20 centímetros da parte dianteira. Os faróis cromados como manda o bom estilo, oferecem ainda um inconveniente: refletem demais o sol quando inclinado, de modo que o motorista é obrigado a viajar constantemente com reflexos nos faróis e também no para-brisa, em fim de tarde, por exemplo. Embora sacrificando o estilo, a solução seria pintar faróis e cromados com tinta fosca, cinza-metálico por exemplo. De resto, o MP altera um pouco a economia do motor Volkswagen. Continua a fazer uma média geral (cidade e estrada) de 9,6 quilômetros com um litro de gasolina. A 80-90 quilômetros, em rodovia, o motor 1.600 faz 11 quilômetros com um litro, consumo que cai para 7 km/litro a mais de 120 quilômetros por hora, o que, repetimos, não é aconselhável.

Este aumento exagerado se explica: com "radiador" vertical à frente, mais os para-lamas que formam correntes pouco aerodinâmicas, mais o para-brisa reto e vertical, o MP-Lafer oferece uma grande superfície de arrasto ao abrir seu caminho pelo ar. Maior arrasto, maior a força que o motor deve desenvolver para atingir determinadas velocidades, e maior também o consumo apresentado. Eis porque seu gasto cai para apenas sete quilômetros por litro em estrada, se se insistir em manter velocidades elevadas de cruzeiro.

Quanto ao nível de ruído interno, num carro conversível tipo esportivo, torna-se item obviamente prejudicado, motivo pelo qual deixamos de submetê-lo á medições com decibelímetros.

"Nosso" MP-Lafer era ainda um modelo 1975, embora já com novidade da dupla carburação e, por tanto, apresentava lanternas do VW 1.500. Agora, o desenho da lanterna traseira será diferente, de modelo ainda não definido, mas de estilo bem próximo à do original de 1952 [1]. Virá, opcionalmente, com rodas raiadas inglesas [2]. As rodas nacionais, até então de magnésio, serão de material que permite melhor usinagem e acabamento. A vedação e o acabamento geral também sofrerão modificações, embora sem modificar a aparência externa.

E embora sem modificar nosso sistema de atribuição de notas, nesta primeira avaliação do MP-Lafer deixaremos de publicá-las, por considerar que os gabaritos atribuídos a carros comuns poderiam prejudicar o MP, que pretende ser uma réplica de um carro famoso. embora avaliado apenas como um novo produto, não podemos deixar de considerar que o fato de ser também uma réplica implica em limitações próprias, capazes de afetar o desempenho geral de um carro comum.

CONCLUSÃO

O MP-Lafer é um MP. E o MG será sempre um MG. Válido como peça importantíssima da moda nostálgica, o Lafer poderá proporcionar alegria ao seu proprietário, desde que este não espere encontrar no MP senão o que realmente é:

Um Volkswagen que aproveitou (e bem) o estilo do MGTD 1952. Sua linha 1976, que será brevemente apresentada ao público, não sofrerá modificações de ordem externa mas receberá incontáveis melhorias de acabamento (já bastante bom) e de vedação (hoje um pouco prejudicada). Considerando seu elevado preço básico, e levando em conta ainda que o valor de revenda pode sofrer fortes oscilações, torna-se claro que o MP Lafer se destina a uma faixa de mercado bastante limitada, especialmente por se constituir num "carro jovem". Esta é, aliás, sua característica mais marcante: um veículo esporte de linhas nostálgicas, apropriadíssimo para jovens, ainda que só de espírito.

Notas:

[1] Em 1976 o MP Lafer passou a usar lanternas traseiras inspiradas no modelo usado no MGB, fabricado na Inglaterra entre 1962 e 1980.

[2] As rodas raiadas opcionais do MP Lafer não foram importadas da Inglaterra, mas fabricadas no Brasil, simulando os raios em forma de calota afixada na roda convencional lisa, a partir de um parafuso central.

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Esta é aquela época do ano onde a fantasia se alastra feito uma onda de calor, abarcando todos num espírito festivo de esperança. 

Talvez você não tenha um MP Lafer, um MG ou um Morgan. Certamente você não mora numa vila alpina entre a Itália e a Suíça. E daí? Quem disse que não dá para ser feliz sem essas coisas? É claro que dá. A possibilidade de viver um momento feliz não está na posse, mas na essência. Não é uma questão de ter, mas uma questão de ser.

Que neste Natal e em todo o ano que se aproxima, você possa cultivar momentos de felicidade. Que você possa ser feliz. Se for para pensar em posses, então que você tenha saúde e sabedoria, pois a felicidade depende de ambas.

Assim, estamos conversados em relação aos nossos votos de saúde, sabedoria e felicidade. Combinado? 

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Ondas de calor e temporais tão intensos quanto atípicos alteram o clima de São Paulo, afastando os conversíveis antigos das ruas e estradas paulistas.

Almoço de fim-de-ano do Clube do MP Lafer de 2023

Dia ensolarado perfeito para andar com carros conversíveis com capota baixada. Pessoas passando protetores solar. Senhoras amarrando lenços no pescoço. Aquela longa fila de carros a caminho do restaurante despertando interesse de transeuntes fazendo com que muitos parassem no acostamento para fotografa-los. Cenas de bonés e chapeis voando acidentalmente para fora do carro. Longas filas nos pedágios. Eu preocupado em manter a fila indiana ordenada para evitar possíveis filas paralelas. Enfim, uma carreata perfeita.

Só que não.

Tudo isso sempre ocorreu nos anos anteriores no caminho para o almoço que realizamos desde 2002. Nesse ano, em 25 de novembro, foi muito diferente. A chuva anunciada durante a semana não falhou. Veio com certa persistência e teimosia. Mas, não desistimos. O propósito de reunir e rever os amigos prevaleceu.

Desconfiados da presença dela, sempre tomamos a precaução de colocar em nossas convocações a ressalva de que nossos amigos, caso não pudessem comparecer com seu MP, que fossem de qualquer jeito, pois, o que mais importava seria rever os amigos, o que acabou acontecendo.

Mantivemos a data do evento marcada previamente, mesmo com a previsão de tempo chuvoso. No dia combinado não deu outra: amanheceu chovendo na grande São Paulo.

Procurei sair de casa bem cedo em direção ao ponto de saída no início da Rodovia Raposo Tavares, zona oeste. Titubeei entre ir com o MP e um carro de uso. Eu teria coragem de sair com o MP com aquela chuva? Acabei desistindo de ir com o MP.

Fomos até o local marcado e ficamos muito contentes com o comparecimento de 9 MPs debaixo de chuva. Nossos amigos merecem minha gratidão e muitos elogios de todos.

Saímos para a estrada em um total de 20 carros, sendo que os 9 MP abrilhantaram nossa carreata. Chegando ao Dr. Costela, o almoço foi muito bom e animado, com a presença de 45 pessoas, conforme demonstram as fotos.

Eu, Romeu Nardini e Jean Tosetto aproveitamos para desejar, em nome do Clube do MP do Brasil, que todos tenham um Feliz Natal e que no ano que vem, estejamos todos juntos para curtir nossos carrinhos.

Walter Barboza de Arruda

Presidente do Clube MP Lafer Brasil

As fotografias enviadas pelo Clube


Clima londrino para receber réplicas inspiradas em um modelo britânico.
Clima londrino para receber réplicas inspiradas em um modelo britânico.

A última vez que os MPs se reuniram no fim de ano em Itapecerica da Serra foi em 2017, quando a largada ocorreu na frente do estádio do Pacaembu.
A última vez que os MPs se reuniram no fim de ano em Itapecerica da Serra foi em 2017, quando a largada ocorreu na frente do estádio do Pacaembu.

O restaurante Dr. Costela é uma referência da Rodovia Regis Bitencourt nos arredores de São Paulo.
O restaurante Dr. Costela é uma referência da Rodovia Regis Bitencourt nos arredores de São Paulo. 

Calor humano para aquecer um dia de chuva sem tréguas.
Calor humano para aquecer um dia de chuva sem tréguas.

O Casal Garavelo há mais de vinte anos passeando de MP Lafer.
O Casal Garavelo há mais de vinte anos passeando de MP Lafer.

Aquela foto que não pode faltar no estacionamento do restaurante da estrada que vai para o Paraná.
Aquela foto que não pode faltar no estacionamento do restaurante da estrada que vai para o Paraná.

Toninho da Tony-Car Restaurações e sua equipe prestigiando mais um evento do Clube do MP Lafer, junto com Rodrigo Lopes, do Rio de Janeiro.
Toninho da Tony-Car Restaurações e sua equipe prestigiando mais um evento do Clube do MP Lafer, junto com Rodrigo Lopes, do Rio de Janeiro.

A dificuldade para registrar o MP Lafer na estrada virou mote para uma fotografia artística.
A dificuldade para registrar o MP Lafer na estrada virou mote para uma fotografia artística.

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Bom dia Laferista, 

Chegou a hora de matar as saudades dos amigos e aproveitar pra curtir os nossos carros. 

Reserve a data abaixo: 

Data: 25/11/23 (sábado). 

Local de saída: Rodovia Raposo Tavares, km 12 – Posto Shell.
 
Horário de saída: 11:00 horas. 

Destino: Dr. Costela, que tem um cardápio variado. Fica na Rodovia Regis Bitencourt, km 293 Valor por pessoa: R$ 85,00 com sobremesa padrão, fora bebidas. 

Não se esqueça de ir uniformizado e revisar seu carro. 

Se não puder ir de MP Lafer, vá de qualquer jeito, pois, o importante é nos encontrarmos. 

Até lá,

Comparativo entre o MP Lafer e o Avallone - inspirados no MG TD e MG TF

Réplicas lado a lado: MP Lafer 1981 (MG TD 1952) e Avallone 1978 (MG TF 1953).
Réplicas lado a lado: MP Lafer 1981 (MG TD 1952) e Avallone 1978 (MG TF 1953).

Qual carro é melhor: o MP Lafer ou o Avallone? Pergunta difícil de responder, pois ambos tem qualidades típicas de um tempo povoado de empreendedores.

Por Gilberto Martines

Olá amigos laferistas, muitos de vocês já me conhecem pessoalmente ou pelo menos já tiveram a oportunidade de ler alguma matéria enviada a este site por mim.

Já tive a oportunidade de ter alguns MPs, sendo que o que tenho atualmente foi o meu segundo, adquirido em abril de 1998. São vinte e cinco anos desfrutando do prazer que esse pequeno roadster proporciona aos seus felizardos proprietários.

Não sou colecionador de carros antigos, mas me considero um entusiasta do antigomoblismo. Sou admirador dos carros fabricados entre o início dos anos de 1970 até meados dos anos de 1990, principalmente os montados em fibra, esportivos e réplicas de carros esportivos, como: MP Lafer, Miura, Puma, Avallone, Bugatti, Alfa Romeo, Concorde e Gurgel. Tenho também uma queda muito grande para o Escort XR3 conversível e o Karmann-Ghia. Desses carros citados não tive o Alfa 1933, Concorde e Bugatti. 

Em abril deste ano (2023), visitando um desses sites de compra e venda a procura de alguma encrenca para comprar e esquentar a cabeça, vi o anuncio de um Avallone 1978. A ferrugem do meu sangue borbulhou. O carro estava na cidade de Limeira, interior de São Paulo. Liguei para meu irmão mais novo e comentei sobre o carro anunciado, pois ele também tem esse problema de ferrugem no sangue e decidimos comprar o carro. Falei com o proprietário e fui para Limeira, no dia seguinte, ver o brinquedo. Gostei e acabamos comprando.

Avallone TF: estrutura de um carro de corrida sob a pele de um conversível charmoso.
Avallone TF: estrutura de um carro de corrida sob a pele de um conversível charmoso.

Eu e meu irmão já tivemos vários antigos. Costumamos comprar e eu geralmente faço o que tem que ser feito no carro, uso por um tempinho e vendo. Às vezes dá um lucrinho e às vezes troca-se seis por meia dúzia, mas vale o tempo dedicado, que me faz muito bem para a cabeça.

Para quem não conhece o Avallone, é uma réplica em fibra bastante fiel do MG TF 1953. O TF veio substituir MG TD 1952, modelo no qual o MP Lafer foi idealizado. O responsável pela construção do Avallone foi o Senhor Antonio Carlos Avallone, que era piloto profissional e construtor de carros de corrida. Antonio Carlos também fez alguns WV Fusca e Chevrolet Monza no formato de limousine.

O estepe do Avallone A-11 é afixado no tanque de combustível, na traseira do carro.
O estepe do Avallone A-11 é afixado no tanque de combustível, na traseira do carro.

 A produção do Avallone se iniciou em 1976. O chassi era de fabricação própria, com a motorização e o câmbio do Chevette. Após alguns anos saíram alguns carros com a motorização do Monza e do Opala. Sua fabricação foi ate 1990, com aproximadamente 200 unidades construídas, isso o tornou um carro ímpar, com poucas unidades rodando por aí. Conheço apenas mais dois proprietários.

A grade frontal do Avallone TF ajuda na refrigeração do radiador do motor herdado do Chevette.
A grade frontal do Avallone TF ajuda na refrigeração do radiador do motor herdado do Chevette.

Esse carro que adquirimos é tem carroceria de numeral 25, sendo um dos primeiros. Nesses quase cinco meses de estou com ele, tive muita dificuldade em arrumar um manual do proprietário para obter maiores detalhes do carro, que tem uma literatura muito escassa a respeito. As informações que consegui foram através de revistas da época, Quatro Rodas e do livro “MP Lafer: A recriação de um ícone”, de Jean Tosetto.

Os faróis dianteiros principais do MG TF Avallone A-11 são incorporados nas curvaturas dos para-lamas.
Os faróis dianteiros principais do MG TF Avallone A-11 são incorporados nas curvaturas dos para-lamas.

Gravei dois vídeos mostrando lado a lado o MP e o Avallone, um com as capotas fechadas e o outro com as capotas baixadas. No aspecto externo os dois são bem semelhantes, mas o Avallone tem a motorização GM refrigerada a água na frente e tração traseira, tanque de gasolina e estepe externos na traseira e o fechamento lateral é feito com lona marítima. O MP Lafer, por sua vez, utiliza motorização 1.6 litro e câmbio da WV Brasília, tração traseira, refrigeração a ar e fechamento lateral com vidros.

Sou suspeito para falar sobre qual é o mais bonito e qual é o melhor, mas com certeza os dois são charmosos demais. Se pudesse, ficaria com os dois, mas dois fatores me impedem de fazer isso: falta de espaço na garagem e o dinheiro. Além do mais, não dá para você dirigir os dois ao mesmo tempo.

Vou deixar aqui a conclusão do teste comparativo entre os dois carros, realizado pela revista Quatro Rodas número 214, de maio de 1978.

“Entre pontos positivos e negativos, pode-se dizer que os dois atendem a finalidade para a qual foram criados, isto é, a de dar oportunidade a certos motoristas terem um carro bem diferente, capaz de atrair as atenções gerais. O Avallone reproduz melhor o desenho do carro no qual foi inspirado. O MP Lafer por sua vez tem a vantagem de ser mais confortável.”

A seguir, vou apresentar, através de fotografias, uma comparação entre eles, em alguns detalhes. Usarei a abreviatura “AV” para o Avallone e “MP” para o Lafer.

Grade dianteira

Grade dianteira  

AV – Grade dianteira vasada para entrada de ar no radiador.

MP – Grade dianteira fantasiada, simulando uma entrada de ar.

Conjunto óptico dianteiro

Conjunto óptico dianteiro

AV – Conjunto de quatro faróis, sendo dois de milha e um par de farol que sai dos para-lamas, função lanterna e farol alto.

MP – Conjunto de cinco faróis, sendo três de milha. O que está no centro é conhecido como Oscar, já o par de faróis que estão fixados na lateral da grade tem função de farol baixo e farol alto.   

Símbolos das marcas

Símbolos das marcas

AV – Formato hexagonal com um unicórneo estampado na cor azul, situado no topo da grade do radiador.

MP – Formato octogonal com a sigla cromada do MP (de Móveis Patenteados), situado no topo da grade fantasia do radiador.

Setas dianteiras

Setas dianteiras

AV – Tem um formato de cometa, com a função de somente sinalizar as conversões.

MP – São as mesmas utilizadas para o VW Fusca. Pode atuar como faróis auxiliares.

Friso sobre o capô

Friso sobre o capô

AV – Feito da própria fibra e pintado da cor do carro.

MP – Feito em aço Inox.

Rodas e pneus

Rodas e pneus

AV – Rodas de liga leve, aro 13, pneus 185/70/13.

MP – Rodas de liga leve, aro 14, pneus 185/70/14.

Suporte e quadro de para-brisa

Suporte e quadro de para-brisa

Tanto o AV e o MP usam o mesmo suporte. Porém, o quadro do para-brisa do AV é 5 cm mais estreito que o do MP.

Retrovisores externos

Retrovisores externos

AV – Neste exemplar não há 

MP – Originalmente utilizaram o espelho do Opala e somente do lado do motorista.

Maçanetas

Maçanetas

AV – Utilizaram as maçanetas do WV Kombi.

MP – Até meados de 1979, utilizou maçaneta própria e a partir de 1979 mudou para as do WV Passat.

Dobradiças das portas

Dobradiças das portas

AV – Dobradiças embutidas.

MP – Dobradiças aparentes.

Vedação das portas

Vedação das portas

AV – Fechamento por peças compondo uma armação metálica revestida por lona marítima preta e visor de plástico transparente.

MP – Janelas de vidro removíveis que deslizam numa canaleta metálica aparente.

Capota

Capota

Ambos utilizam capota de lona marítima.

Suporte de placa

Suporte de placa

AV – Colocada na fibra entre o estepe e o para-choque.

MP – Suporte fixado na dobra da tampa do motor.

Lanterna traseiras

Luz de ré do Avallone

Lanterna traseiras

AV – Lanterna redonda, as mesmas dos Opalas. Para sinalizar a ré há uma lanterna uma fixada ao para-choque.

MP – Os primeiros fabricados saíram com lanterna de Fuscão. Após 1976, utilizam um modelo similar ao do MG-B.

Estepe

Estepe

AV – Colocado na traseira, externamente.

MP – Colocado dentro do capô dianteiro, no porta malas. A tampa traseira tem apenas um enfeite que simula o estepe.

Capô dianteiro

Capô dianteiro

AV – Abre da frente para trás mostrando o motor na dianteira.

MP – Abre para a lateral mostrando o porta malas, estepe e tanque de gasolina. 

Motorizações

Motorizações

AV – Equipados inicialmente com motores GM Chevette, GM Monza ou GM Opala, na dianteira do carro.

MP – Inicialmente com o motor a ar da Brasília 1500 de carburação simples e depois 1600 com dupla carburação. Colocado na traseira do carro.

Painel

Painel

AV – Painel revestido em couro, três instrumentos no formato octogonal, sendo um conta giros, o do meio marca nível de gasolina, temperatura do motor luzes de sinalização e o terceiro é o velocímetro.

MP – Painel em madeira com um conjunto de sete instrumentos, conta-giros, velocímetro, combustível, relógio de horas, voltímetro e pressão de óleo.

Bocal de abastecimento

Bocal de abastecimento

AV – Diretamente sobre o tanque de combustível exposto, localizado atrás dos assentos do motorista e passageiro.

MP – Dentro do capô dianteiro, sobre tanque de combustível disposto em posição centralizada em relação ao chassi do carro.

Fendas laterais

Fendas laterais

AV – De perímetro reduzido, sem função de ventilação, moldadas no corpo principal da carroceria.

MP – De perímetro amplo, sem função de ventilação, moldadas à parte do corpo principal da carroceria nos exemplares a partir de 1979.

Um abraço a todos e numa próxima matéria pretendo mostrar o que eu andei fazendo no carro de melhorias.

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MG TF Avallone

Kougar Jaguar Sport Classic

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